Liberdade condicional.

Me sinto como os escravos de ganho que tem apenas uma certa liberdade. Ou ainda como os presos que podem sair da penitenciária para trabalhar durante o dia. Na última sexta- feira minha "liberdade condicional"  foi expedida. Após quase cinco meses sem correr ela enfim foi autorizada.
Fui  ao médico que cuida da Dayane dos Santos e ele disse que a condromalacia dos joelhos é um mero defeito de fabricação e que as corridas não são responsáveis por isso.
Explicou também que as fraturas por estres em nada tem haver com meu cálcio que está bem deficitário e sim com os treinos. Treinos estes que para muitos podem não ser nada, mas que para meu corpo podem ser demais.
Após uma hora de consulta ele receitou dois meses de anti-inflamatório e me encaminhou para uma fisiologista. Pois para ele se eu quiser correr com saúde tenho que investigar Ele disse que tenho que investigar e respeitar os limites do meu corpo.
E quais são eles? Isso que dirá será a fisiologista.

Então eu posso correr, mas ainda não! rsrsrsrsrs

Bicicleta enferrujada

Sem pedalar desde a prova de Morretes, resolvi dar uma volta pela na city da mamis, Itapoá que fica no litoral de Santa Catarina. Ao sair vejo que o pneu esta meio vazio e descubro que esqueci a bomba. O jeito foi parar no posto e usar o calibrador deles. Objeto que só conhecia de vista pois nunca calibrei os pneus do carro. Ao chegar ao lado do dito cujo, observo uma criatura se desdobrando para utilizá-lo. Pois cada vez que ele largava a mangueira ela escapava do bico e vazava mais ar do que entrava. Resolvi ajudar o rapaz e passei a observar a bike do cristão, que estava coberta de ferrugem com os pneus completamente vazios e partidos por conta do tempo que se passou e pela maresia.Talvez por vergonha o rapaz quis se justificar e veio explicar que a pobrezinha estava parada desde novembro. Aí passei a observar ainda o estado deplorável da bicicleta e pensei: vai quebrar na próxima quadra. O rapaz foi embora sem oferecer a mesma ajuda, me deixou lá pensando em mim e me batendo com o calibrador. Pensamentos mil povoaram minha mente. Passei a me ver nela, que assim como eu estava sem rodar desde novembro. Me senti completamente enferrujada e pensado se quando eu voltar não quebrarei na próxima quadra. Pedalei maravilhosos 31km com uma coisa martelado na cabeça sem parar:
Será que virei uma bicicleta enferrujada?

Quem não tem cão...

Estou bem deste jeito.
Fazendo algo por não poder fazer o que amo.
Pedalar não foi minha primeira opção de esporte mas hoje tem sido uma divertida saída para a proibição às  corridas.
Não vou dizer que não gosto, mas o que realmente me deixa feliz é correr. No entanto tenho descoberto que pedalar pode proporcionar emoções diferentes.
No último domingo dia 26/02  fiz minha primeira prova de MTB em Morretes. Como não sou menina de ter medo e desafios me deixam muito mais feliz, resolvi estrear nesta modalidade esportiva não fazendo os 28km para iniciantes e sim me inscrevendo nos 44km para estreantes. Nunca havia feito tal distância o máximo até então foram aqueles 38km em janeiro na praia em que praticamente era plano.
Para quem não conhece Morretes, aquilo é um caldeirão de quente e sem vento. Um buraco mesmo!
Parte do trajeto eu conhecia por ter feito ano passado em uma corrida. Então eu já sabia que não seria fácil. O que eu não imaginava é que seria extremamente difícil.
Não suficiente o número de subidas o calor veio para castigar  e superou- se. Mesmo com filtro solar eu sentia a pele queimar, tive que me desfazer do isotônico e por água na garrafa para ir molhando o rosto. Sem contar que ainda sem preparo suficiente em muitas subidas tive que empurrar a bicicleta. Meu conforto é que muitos fizeram as tais subidas da mesma forma que eu. Problema mesmo é que ainda sou nova nesta modalidade e insegura nas descidas mais íngremes.Onde muitos aproveitam para ganhar tempo, eu perdia mais que nas subidas.
Ainda assim fui agraciada com o quinto lugar na categoria feminino estreantes. Ta certo que eramos em seis e como eu havia brincado com minhas amigas eu consegui deixar ao menos uma para trás . . . rsrs.
Mas em nada diminui a satisfação de estar lá e dizer: CONSEGUI e não desisti. Não que não tenha passado pela minha cabeça em alguns momentos. Realmente deu vontade de sentar e esperar alguém me carregar. Mas como nem sombra tinha o melhor mesmo era continuar. . .rsrs.
Passei pela minha primeira prova de MTB em uma etapa que dizem ser a pior de todas.
Que venham mais to adorando a nova brincadeira.

Sem esquecer um agradecimento especialíssimo ao maridão que sempre me apoia e mais uma vez se fez presente me esperando. À minha querida amiga Gislaine que não criou coragem mas ficou lá aguando e agora aguardando a próxima etapa para pedalarmos juntas.
Amo vocês.