Bicicleta enferrujada

Sem pedalar desde a prova de Morretes, resolvi dar uma volta pela na city da mamis, Itapoá que fica no litoral de Santa Catarina. Ao sair vejo que o pneu esta meio vazio e descubro que esqueci a bomba. O jeito foi parar no posto e usar o calibrador deles. Objeto que só conhecia de vista pois nunca calibrei os pneus do carro. Ao chegar ao lado do dito cujo, observo uma criatura se desdobrando para utilizá-lo. Pois cada vez que ele largava a mangueira ela escapava do bico e vazava mais ar do que entrava. Resolvi ajudar o rapaz e passei a observar a bike do cristão, que estava coberta de ferrugem com os pneus completamente vazios e partidos por conta do tempo que se passou e pela maresia.Talvez por vergonha o rapaz quis se justificar e veio explicar que a pobrezinha estava parada desde novembro. Aí passei a observar ainda o estado deplorável da bicicleta e pensei: vai quebrar na próxima quadra. O rapaz foi embora sem oferecer a mesma ajuda, me deixou lá pensando em mim e me batendo com o calibrador. Pensamentos mil povoaram minha mente. Passei a me ver nela, que assim como eu estava sem rodar desde novembro. Me senti completamente enferrujada e pensado se quando eu voltar não quebrarei na próxima quadra. Pedalei maravilhosos 31km com uma coisa martelado na cabeça sem parar:
Será que virei uma bicicleta enferrujada?

3 comentários:

  1. kkkkkk excelente texto....Parabéns!!!

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  2. O bom metal enferruja sim, mas se bem tratado volta como se fosse novo...
    Portanto, se cuida agora, que logo-logo estará 100% novamente!!!

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  3. Analogia interessante, hehehe
    Mas provavelmente não, pq sai 31 tranquilo depois de longo tempo longe do selim...

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